domingo, 28 de setembro de 2008
"No túnel do Meu tempo"
Importante porque, eu, com recém completados treze anos, pouco sabia dos problemas e dificuldades que nós poderíamos enfrentar um dia. E "Pollyanna", de Eleanor H. Porter, foi com um amigo que me apresentou uma nova realidade.
É praticamente impossível conhecer alguém que leu esse livro e não jogue, ou jogou - pelo menos por um dia - do "Jogo do Contente". E esse alguém, que jogou apenas por um dia, pode não admitir, mas em seu íntimo, ele sabe: foi o dia mais alegre de sua vida.
Como se afirma na obra, "Pollyanna é um remédio, um antídoto contra o baixo astral, e ela não sabe o poder que tem sobre as pessoas".
Portanto, posso afirmar com toda certeza, que esse livro me ajudou a enxergar a vida com outros olhos, sempre ver o lado positivo das coisas.
E o mais importante de tudo, foi o começo da minha Viagem pelo Mundo das Letras, meu primeiro destino no País dos Livros, aonde um dia, eu espero encontrar o meu lugar ao Sol.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
"Bem vinda à Vida Adulta!"
Se é por burrice, eu não sei. Atualmente o meu conceito de burrice está em reforma, assim como o da inteligência. Mas sabe, eu fico realmente muito triste quando eu tenho ótimas intenções, mas não consigo transmitir completamente, o que é muito comum de acontecer comigo.
Então, por esse e outros motivos, eu parei de tentar entender certas pessoas. Sério, eu juro que tentei de tudo! Mas por mais que eu falasse com a maior calma, eu sempre era entendida de uma forma errônea, e sempre, mas sempre ficava pior do que antes.
Após uma reavaliação, eu finalmente entendi que o problema não era comigo, e sim com o outro. E quer saber? Superei.
Não tô nem aí. Tô livre. E me sinto feliz em dizer isso. Na verdade, nunca me senti tão bem em dizer isso.
Portanto, guardo o que foi bom, e o que merece ser lembrado com ternura. O resto? Todo o mais foi esquecido.
Adeus para garotinha romântica de antigamente. Olá Mundo Real!
E eu vou terminar com uma frase que eu escutei hoje: "Bem vinda à Vida Adulta".
quarta-feira, 23 de julho de 2008
AOIHS 2008, eu VOU!
Empolgada.Tô polgada e ciosa de meias!
domingo, 6 de julho de 2008
Nunca terminei uma borracha, um lápis, uma caneta até a última gota da carga, nem terminei um caderno sequer!
E com esse blog é a mesma coisa... Claro que não me refiro a parte de acabar com o blog, digo no sentido de dar solução de continuidade.
Eu queria muito ter sempre ótimas idéias e textos super interessantes, mas a verdade é que eu nunca os tenho. E devo confessar, sempre acho os outros mais interessantes que eu. Ok. Momento de fraqueza. Mas e daí? Eu não sou de ferro.
Acho que meu maior defeito é ser tímida. Tímida não, travada. Nunca consigo expressar o que eu sinto, assim, quando é sentimento bom, porque os ruins, de raiva, eu sempre solto com a maior facilidade.
Mas não sei, quando se trata de coisa boa e legal, eu tenho medo de perder a pessoa, e nunca falo o que eu realmente tô sentindo.
Coisa de nerd compulsivo e transtornado, né? Mas, é a pura verdade. That's who I am.
Não que eu seja nerd, nem compulsiva, ah! Vocês entenderam.
Voltando ao assunto: não consigo escrever pensamentos, tampouco acontecimentos fragmentados aqui, mas enfim, juro que vou tentar.
domingo, 25 de maio de 2008
Ensaio sobre o Amor
Conversa.
Compreensão.
Preocupação.
Dedicação.
Perdão.
Amizade.
Cumplicidade.
Beijo.
Tato.
Fogos de artifício.
Nervosismo.
Aceitação.
Amar é ser você - não importando o jeito, maneira, ou gosto -, só que com outra pessoa. É ver si mesmo em outra pessoa.

Amar é sincronia.
terça-feira, 29 de abril de 2008
"Escrever, Humildade, Técnica"
Fragmentos de uma mente saudosista
Aos sítios que eu amei, aos rostos caros
Que já no berço conheci, àqueles
De quem, malgrado e ausência, o tempo, a morte
E a incerteza cruel do meu destino,
Não me posso lembrar sem ter saudades,
Sem que aos meus olhos lágrimas despontem. [...]"
Gonçalves Dias
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"We were as one, babe. For a moment in time. And it seemed everlasting, that you would always be mine. Now you want to be free, so I'm letting you fly, 'cuz I know in my heart, babe, our love will never die, no. You'll always be a part of me, I'm part of you indefinitely..."
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"There are moments when I don't know if it's real, or if anybody feels the way I feel. I need inspiration, not just another negotiation... All I wanna do is find a way back into love."
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"Eu me dediquei somente a você, tudo que eu podia, eu tentei fazer, mas não, não adiantou. Você não sabe o que é amar, você não sabe o que é amor. Acha que é somente ficar, ficar, ficar e se rolar, rolou. Não se maltrata o coração de quem não merece sofre. Não vou ficar na solidão, de mão, em mão, assim como você. Pode chorar, mas eu não volto pra você, pode chorar você não vai me convencer. Poder chorar, você se lembra o quanto eu chorei por você?"
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"Get away from the sinners that surround you. 'Cuz I will be there and you will be there, we'll find each other in the dark. And you will see, and I'll see you too 'cuz we'll be together in the dark. 'Cuz if it's coming for you, then it's coming for me 'cuz I will be there, 'cuz we need each other in the dark. And if it terrifies you, then it terrifies me, 'cuz I will be there, so we've got each other in the dark..."
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"You're a part time lover and a full time friend. The monkey on you're back is the latest trend. I don't see what anyone can see in anyone else, but you.
I kiss you on the brain in the shadow of a train. I kiss you all starry eyed, my body's swinging from side to side. I don't see anyone can see, in anyone else, but you.
Here is the church and here is the steeple. We sure are cute for two ugly people. I don't see what anyone can see in anyone else, but you..."
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"Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza. A palavra no muro ficou coberta de tinta. Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza. Só ficou no muro tristeza e tinta fresca.
Nós que passamos apressados pelas ruas da cidade, merecemos ler as letras e as palavras de Gentileza. Por isso eu pergunto à você no mundo, se é mais inteligente o livro ou a sabedoria?
O mundo é uma escola, a vida é o circo.
Amor, palavra que liberta, já dizia o Profeta."
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"It's hard to beat the system, when we're standing at a distance. So we keep waiting, waiting on the world to change. Now, if we had the power to bring our neighbors home from war, they would have never missed a Christmas, no more ribbons on their door. And when you trust your television, what you get is what you got 'cause when they own the information, they can bend it all they want. That's why we're waiting, waiting on the world to change. We keep on waiting, waiting on the world to change..."
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"[...] Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"
José Régio
domingo, 27 de abril de 2008
Always Be My Baby
Eu tenho alguns vícios, um deles é ser fissurada por seriados, minha tevê é 24h por dia ligada na sony, warner, ou disney channel (ok, eu admito também, afinal, como viver sem padrinhos mágicos?).
sexta-feira, 25 de abril de 2008
6570 dias. Dói?
Esses dias eu ando muito nostálgica, sabe? Acho que é o peso dos 6570 dias de vida chegando. Só pode.Acho que só nessa semana eu desenterrei no mínimo umas cinco baladas de sucesso dos anos 90. Lembrei de desenhos que eu assistia, da época que eu faltava o inglês pra assistir "A Princesa Sissi", que passava no programa da Angélica, antes de Caça-Talentos - e diga-se de passagem que meu sonho era ter a pinta da Fada Bela -, acreditem, eu senti saudade até do extinto Xuxa Park, que passava aos sábados, onde a minha parte preferida era a dos aniversariantes do mês, com aquela mesa de doces lindos, meu sonho era ir lá no dia do meu aniversário. Lembrei também de uma das manias engraçadas que eu tinha: eu não conseguia fazer xixi, nem cocô, sentada na privada, sim, eu fazia de cócoras, sabe por quê? Porque eu era fixada por filmes de tubarão, mas eu morria de medo, e eu achava que ele ia pegar a minha perna se eu botasse no chão na hora das necessidades fisiológicas. Mas hoje, eu acho que isso era só um pretexto, porque eu provavelmente não alcançava o chão naquela idade, e não queria aceitar meu destino de ser baxinha, então botava a culpa no pobre do tubarão.
E eu lembro direitinho, que quando me levavam na sorveteria, eu só queria um sorvete: o de chiclete. Isso mesmo, totalmente feito de baunilha e mini chicletes, hummm, que combinação! Eu não tomava na casquinha, pedia uma bola no copo (porque além de misturar os chicletes com biscoito, o que era nojento, eu ainda não sabia tomar sorvete na casquinha sem me babar até os cotovelos), e deixava todos os chicletes no fundo pra poder curtir os coloridinhos doces. Lembrando dessa combinação hoje, me sinto nauseada. Mas pera lá! Eu era criança, e criança gosta disso, não é mesmo?
E quando eu era criança, meu sonho era ser mais velha, pra mim, com 14 anos eu já seria independente, tomaria conta do meu próprio nariz, meu sonho era ter 14 anos. E ai de quem me dissesse que depois dos 15 passava rápido. Eu só pensava "mentiroso desgraçado, até parece!", mas e não é que passa mesmo?
No próximo dia 3 de maio, não são mais 15 anos que eu vou completar. São 18 anos. Aproximadamente 6570 dias de vida. 157680 horas. 9460800 minutos. Agora, tenho deveres e responsabilidades, prioridades, valores. A pressão em encontrar o meu caminho, a minha profissão, o sucesso profissional.
Quem diria, não é mesmo? A menina que fazia cocô de cócoras e que morria de medo de tubarão, que assistia os desenhos animados da manhã, e que sonhava em ter uma pinta na perna (nem que fosse de caneta bic), que amava as piores combinações de comida, e que sonhava em ser "adulta". Hoje, tudo que essa menina deseja é voltar pra cama da mamãe e do papai, e ficar lá por horas, como se nada de ruim pudesse acontecer. Onde não existiam preocupações, e bastava um abraço apertado para tudo ficar bem.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Justiça. É pedir muito?
É. Ele mesmo. Com a ajuda de sua esposa, Anna Carolina Jatobá, que além de demonstrar - na entrevista dada ao Fantástico - ser quem comanda a relação, também provou, como mulher, que sabe expressar bem os seus sentimentos. Ela realmente o fez, e conseguiu demonstrar para o Brasil inteiro, o ódio e o ciúme doentio que sentia pelo seu marido. Como? Matando Isabella.
Além de tudo isso, Anna Carolina merece o Oscar por sua interpretação de "boadrasta", afirmando com tal convicção que amava sua enteada, que poderia até convencer um trouxa.
Inconformados, Alexandre e Anna Carolina se perguntam quem poderia ter feito esse mal à uma garotinha indefesa de apenas cinco anos?
Realmente, o peso de um homicídio deve ser grande. E pesar tanto na consciência que deve levar à perda de memória. Mas não se preocupem, nós, brasileiros, não vamos deixá-los esquecer nem por um segundo, vocês serão lembrados todos os dias de suas vidas, a cada minuto e a cada segundo, da atrocidade que cometeram. E eu acho mais do que bem feito.
Agora, Sr. e Sra. Nardoni, tenham pelo menos a dignidade de confessar o que fizeram, pelo menos um ato de honra nessa vidinha miserável de vocês, ora, até um rato é mais corajoso! Dêem paz à uma mãe que sofre, à família que sente a perda de uma de suas maiores alegrias, às crianças que perderam uma amiga, e por favor, o direito de viver aos irmãos, ou seja, aos seus outros dois filhos.
Opa! Esqueci. Dignidade e honra são palavras que ambos desconhecem.
* Já falei, e repito, me baseio em informações periciais, ilustrando com pensamentos próprios. Para informações mais precisas, leiam a revista Veja, edição 2057, do dia 23 de abril de 2008, ou então, vejam jornal!
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Sonhadora? Sim, com muito orgulho.
No need for greed or hunger, a brotherhood of men.
Imagine all the people sharing all the world...
You may say I'm a dreamer, but I’m not the only one.
I hope some day you'll join us, and the world will live as one."
Quem nunca ouviu alguém falar “falou pouco, mas falou bonito”?Sabe, é exatamente o que eu sinto quando escuto essa música. E não, eu não sou nem um pouco clichê, e não quero parecer ‘culta’, tampouco intelectual, citando Beatles aqui, até porque, pra mim, isso não é base pra intelectualidade nenhuma – não Beatles em especial, digo, se fixar em uma coisa só para formar a cultura -, mas não vem ao caso agora. O que eu queria dizer, é que pra mim, essa música é como uma filosofia de vida. Uma mera letra, que pode ser passada em três minutos e uns quebrados. Como ela pode servir de filosofia de vida, não é mesmo? Bom, a resposta – pra mim - é dada pelo dito popular acima.
E chega até a ser engraçado, como as coisas escritas no passado se encaixam perfeitamente bem no presente, e com certeza se encaixarão no futuro. Sabe por quê? Porque o homem não muda. É sempre corrompido pelo meio em que vive, o que se difere são as tecnologias e os recursos utilizados para obter o poder. Isso mesmo. Sempre ele. O maldito – ou bendito -, poder.
Para os que não entendem inglês, aqui vai a tradução: Imagine nenhuma propriedade, eu me pergunto de você consegue... Nenhuma necessidade de ganância, ou fome, uma fraternidade de homens. Imagine todas as pessoas compartilhando o mundo todo. Você pode dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único. Espero que um dia você se junte a nós, e o mundo viverá como um só.
E eu tento ser isso. Uma sonhadora. Muitas vezes eu caio em tentação e sucumbo à covardia, mas continuo sempre tentando não perder a fé na humanidade.
Feliz ano velho!
Sim, eu sumi. Mas, para alegria de uns e tristeza de muitos, I'M BAAAAAAAAAAAACK!
E o blog acaba de se recuperar de uma cirurgia plática made by me.
É isso aí, galerinha. Contagem regressiva pra minha maioridade: exatamente 12 (isso mesmo, DOZE!) dias!
A partir de 3 de maio, sexo, drogas e rock'n'roll liberado pra miiiiiiiim! (I'm just kiddin' folks)
Mas que a partir desse dia, eu vou poder entrar com carteira original, ahhh, isso é verdade! CARTEIRADA neles!
Então, Feliz Ano Velho aí pra vocês!
sábado, 1 de março de 2008
Parabéns!
Parabéns para a Nunes, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!Hoje é aniversário de uma grande amiga minha, e infelizmente, eu não pude estar presente na festinha, mas eu acho que o mais importante é que eu me lembrei da data e realmente rezei pra que ela tivesse uma vida maravilhosa, e que o "tudo de bom" não fosse somente no dia do nascimento dela, e sim, em todos os dias de vida - que nos meus votos, seja bem longa e maravilhosa.
Bom, então, um dia quando ela ver esse blog, pelo menos ela vai ter a certeza de que não foi esquecida, e que está - como diria Milton Nascimento - "guardada no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância digam não".
E além de todas as felicitações, Nunes, eu te desejo muito JUÍZO, porque agora, meu bem, estás na maioridade!!! hahahahahahaha...
No mais, é isso.
Parabéns mais uma vez, Xuuu!
beijos e queijos
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
29 de Fevereiro
Outro dia desse só daqui a quatro anos... Que estranho, né?
Então pra deixar esse dia bem especial, um pequeno texto que eu adoro:
"A Pessoa Errada" - por Luis Fernando Veríssimo.
Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que, se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho. Chega na hora certa, Fala as coisas certas, Faz as coisas certas, Mas nem sempre a gente está precisando das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira
A pessoa errada é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo,
conseguindo.
E só assim é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade
Tudo o que Ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada.
Pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...
Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.
beijos e queijos
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Tenta sim, vai ficar lindo!

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha.
Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.
Mas acho que pentelho não pesa tanto assim.
Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa.
Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria.
Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma
indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis
fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando.
Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal.
Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.
Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor.
De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas.
Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas.
Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo,
sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.
Mas a Penélope mal olhou pra mim.
Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha.
Ali estavam os aparelhos de tortura.
Vi coisas estranhas.
Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça.
Meu Deus, era O Albergue mesmo.
De repente ela vem com um barbante na mão.
Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei.
De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um
líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada
perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação.
E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal.
Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca.
Não tive coragem de olhar.
Achei que havia sangue jorrando até o teto.
Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu.
Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa.
Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha".
Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.
O processo medieval continuou.
A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.
Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo
uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia.Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas.
Estavam bem perto dali.
Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo.
"Me leva daqui, Deus, me teletransporta".
Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada.
Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida.
E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope.
Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar.
Eu não podia ver o que Pê via.
Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê.
Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena?
Nem minha ginecologista.
Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la.Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O maridoperguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade.
Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks.
Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação.Sei que ela deve ver mil cus por dia.
Aliás, isso até alivia minha situação.
Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos?
E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento.
Pê puxou a cera.
Achei que a bunda tivesse ido toda embora.
Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali.
Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais.
Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos,
preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra... por que não arrancou tudo de uma vez?
Virei e segurei novamente a bandinha.
E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos.
Era dor demais, vergonha demais.
Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito.
Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo.
Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho?
Mas o choque foi substituído por uma total redenção.
Ela viu tudo, da perereca ao cu.
O que seria baixar a calcinha?
E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança.
Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso.
Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas.
Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.
Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Queria comprar o domínio www.preserveasxoxotaspeludas.com.br
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Pelo menos, quando queremos ser, conseguimos ser as maiores desfavorecidas intelectualmente da face da Terra. É isso aí.
Tiro essa conclusão de mim mesma.
Hoje mesmo minha pessoinha, Euzinha da Silva Sauro, só não me joguei em cima do Palhaço mais palhaço de todos os palhaços que existem no mundo, porque enfim, tinham muitas pessoas na sala, e se tem uma coisa que eu não curto são essas paradinhas de grupal. Amiguinhos, se estivéssemos a sós ali... Ai, ai.
Como eu já disse e repito, carne é fraca. Mesmo ele tendo namorada - corna... e muito corna, por sinal - é meio que completamente automático, sei lá, ele exala testosterona, ele é um balde cheio, transbordando virilidade. E eu? Ah, quando eu tô do lado dele, só falto pedir pra me jogar na parede e chamar de Shirley!
IB, I NEED YOU!
Não me odeiem, nem pensem que eu sou a bitch do pedaço, eu só precisava muito dizer isso.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Verbo Ser
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer?
Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.
(Carlos Drummond de Andrade)
sábado, 23 de fevereiro de 2008
All I Want is You - Barry Louis Polisar
“If I was a flower growing wild and freeAll I'd want is you to be my sweet honey bee
And if I was a tree growing tall and green
All I’d want is you to shade me and be my leaves
If I was a flower growing wild and free
All I'd want is you to be my sweet honey bee
And if I was a tree growing tall and green
All I’d want is you to shade me and be my leaves
All I want is you, will you be my bride?
Take me by the hand and stand by my side
All I want is you, will you stay with me?
Hold me in your arms and sway me like the sea
If you were a river in the mountains tall
The rumble of your water would be my call
If you were the winter, I know I’d be the snow
Just as long as you were with me, let the cold winds blow
All I want is you, will you be my bride?
Take me by the hand and stand by my side
All I want is you, will you stay with me?
Hold me in your arms and sway me like the sea
If you were a wink, I’d be a nod
If you were a seed, well I’d be a pod
If you were the floor, I’d wanna be the rug
And if you were a kiss, I know I’d be a hug
All I want is you, will you be my bride?
Take me by the hand and stand by my side
All I want is you, will you stay with me?
Hold me in your arms and sway me like the sea
If you were the wood, I’d be the fire
If you were the love, I’d be the desire
If you were a castle, I’d be your moat
And if you were an ocean, I’d learn to float
All I want is you, will you be my bride?
Take me by the hand and stand by my side
All I want is you, will you stay with me?
Hold me in your arms and sway me like the sea”
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Já tenho minha aposta para o Oscar!
Bom, hoje eu saí de casa com o intuito de assistir "Vestida para Casar" (27 Dresses), mas acabou que a Layla viu o horário errado e ficamos sem filme pra ver...segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Memórias Póstumas dos Meus Palhaços II: A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM...
Mas vamos direto ao ponto. Vou ser clara e sucinta:
Estava eu, deitada, plena segunda feira, curtindo minhas férias, quando meu pai entra no quarto e diz:
- Filha, sabia que o Palhaço Gueca-Sua-Velha-Peitudinha* tá de castigo?
- Sabia pai, mas não sei por que...
- Pois é, o Gueca-pai* me disse...
- Aãhn...
- Ele tá namorando com aquela filha do meu amigo, a Fulana-Salafrária*, aquela que tem um filho já, sabe?
- NÃÃÃÃO! MENTIRAAAAA! hahahahahahahahahahaha...
-Pois é, e no domingo, ele disse que ia pra missa e foi pra casa dela dar uma... O Gueca-pai* ficou uivando de raiva, e agora, o moleque tá de castigo. Ele enganava o pai dizendo que ia fazer as coisas, e só ia pro motel, dar umas.
- Bem feito. (rindo maléficamente por dentro, MUAHAHAHAHAHA!)
O que classifica o Gueca-Sua-Velha-Peitudinha* como Palhaço? Ah sim! SÓ pelo fato dele ser meu amigo colorido - coloridíssimo, pra ser mais sincera - e viver pedindo pra vir aqui no prédio ficar comigo, perguntar se eu era virgem e pedir pra eu dar pra ele meu precious gift, dizendo que ele NÃO era cafageste, que era isso, isso e aquilo, e agora, assim, fica com a Fulana-Salafrária* com filho, tipo AO MESMO TEMPO. É, acho que fui até branda com a minha classificação, ele é o maior palhaço da minha lista, sério, peguei nojão dele.
E sabe qual vai ser o fim dele? Emprenhar alguma dessas vagabundas e/ou acabar com uma sífilis e afins. Sabe da maior? Ele NUNCA vai receber meu precious gift!
E tenho dito.
*Sempre mantendo a discrição e não revelando a identidade de nossas fontes de riso.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Depoimento de Um Garoto
Tudo bem... Queremos meninas legais, sexy’s, saradas, bonitas, inteligentes e boazinhas. Muito FÁCIL falar, pois quando aparece uma assim, de bandeja, a primeira coisa que a gente pensa é: "Oba, me dei bem!" Ficamos com elas uma vez, duas. Começamos a pensar que essa é a mulher que as nossas mães gostariam de ter como noras. Se sair relacionamento, vai ser um relacionamento estável. Você vai buscá-la na faculdade, vocês vão ao cinema, num barzinho, vai ter sexo toda semana... Tudo básico, até virar uma rotina sem graça. Você vai olhar os caras bem vestidos e bem humorados indo pra noite arrasar a mulherada e vai morrer de inveja. Vai sentir falta de dar aquelas cantadas infalíveis da noite, falta de dar umas olhadas pra uma gata, ou de dar aquela dançadinha mais provocativa na pista... Você pensa: "Acho que não estou pronto para isso, pra me enclausurar pro resto da vida nesse relacionamento". E a boa menina se transforma numa MALA, e aos poucos vai surgindo um nojo dela, uma aversão. Quando você vê o nome dela no celular, não dá nem vontade de atender... JÁ ERA! Daí aquela promessa de vida estável vai por água abaixo, se a menina não se dá conta, a gente começa a ser grosso, muito grosso. E a pobre menina pensa: "O que eu fiz?!" Coitada, ela não fez nada, a culpa é nossa mesmo...
Aí, a gente volta pra nossa vidinha, que a gente odiava até semanas atrás. A gente não vê a hora de sair e arrasar na noite... Ou pegar aquela mulher gostosona que sempre quisemos. GRANDE DESILUSÃO. Você chega em casa depois da balada, sozinho e fica tentando descobrir por que você não está satisfeito. De repente foi porque a menina da night, a linda, gostosa, misteriosa, ficou contigo, mas nem sequer pediu o número do seu telefone. FRUSTRAÇÃO. Daí, por mais que não queira, você pensa na sua menina boazinha, que você deixou pra trás... Ela podia ter seus defeitos, mas era uma menina legal... Que ficava ao seu lado te dando valor...
Enquanto isso a boa menina, chateada, lesada, custa a entender o que ela fez pra ter te afastado dela... Daí essa duvida vira ANGÚSTIA, que vira RAIVA. Não quer mais saber de nada, só de sair, zoar, sai e beijar outros caras! Resolve não se envolver mais, pra não sair lesada ou chateada... Muito bem, acabamos de criar um MONSTRO. O tempo passa e a gente continua na mesma... Volta a reclamar da vida e das mulheres. Elas só querem as coisas com os homens cachorros e não estão nem aí pra nós, ou será que nós é que fomos os cachorros?! Elas são assim por culpa nossa. A mulher na night de hoje, era a boa menina de outro homem ontem, e assim sucessivamente...
Provavelmente, essa nossa ex-boa menina, deve estar enlouquecendo a cabeça de outro homem por aí...
E eu a perdi pra sempre, ela virou uma mulher enlouquecedora; a encontrei na balada... Ela? Ela nem olhou pra mim... (mas estava mais linda do que nunca!).
J.B. São Paulo, Brasil - 2007.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Memórias Póstumas dos Meus Palhaços
O importante agora é: tratar dos perfis dos (meus) palhaços.E agora, cá estou, prestes a contar as Memórias Póstumas dos Meus Palhaços....
Vocês podem até pensar "ah, fala sério, essa pirralha aí tá achando que tem alguma coisa pra contar". Ok, ok, eu assumo. Não tive tantos palhaços assim, eu com meus 17 aninhos e 9 meses, tive apenas 10 palhaços (no máximo), mas como todo bom 'imã para doidos', foram 10 palhaços bem peculiares, isso eu garanto.
Portanto, aqui vai uma coletânea dos Plus Palhaços da minha lista.
Palhaço da Palheta:
Quando conheci o Palhaço da Palheta, eu devia ter uns 13 anos... O Palhaço da Palheta tinha se tornado meu melhor amigo (cuidando do meu coraçãozinho por causa de um amor cibernético que eu tive com um outro palhaço), a gente vivia no telefone, msn, e todo final de semana o palhacito vinha na minha casa, me dar um CD.
Tempo vai, tempo vem, e eu nutrindo uma paixão secreta pelo Palhaço da Palheta.
Ah, sim... Por que “da Palheta”? Simples. 16 anos, cabelo grande (diga-se de passagem, quase maior que o meu, na época), fã de bandas de rock, quase um rebelde, e claro, o palhaço tocava guitarra. Eu confesso que até hoje guardo uma palheta que ele me deu de lembrança, daí o apelido.
Pois é. Quando eu dei por mim, estava apaixonada pelo Palhetinha. Fiquei desesperada, ele era meu “melhor amigo” (hoje eu acredito que amizade entre homem e mulher não existe, e se existir, um dos dois é homo).
Sofrendo com a paixonite aguda, decidi que daquele final de semana não passava. Iríamos no cinema e enfim, eu iria me declarar pro Palhetoso (cafona, eu sei).
Resumindo a prosa, começamos a ficar nesse dia, e como boa menina ingênua, logo depois eu me declarei, falei coisas lindas, e ele? Ele só respondeu “ah, legal pó...”. Dado início ao affair com o Palhaço da Palheta, eu me sentia casada com ele, pra mim, eu era sua dona. Patético, não? Assinava nas provas como “Ananda da Palheta*” e coisas do tipo. A gente se via quase todo dia; beijinho pra cá, beijinho pra lá, e o palhaço nunca tinha me pedido pra namorar. Como eu lia muita “Capricho”, achava que, como nos casos de outras meninas, o menino já se sentia namorado e não precisava pedir, pois então, eu já me sentia ‘A’ namorada.
Um belo dia, decidi contar pro meu pai que estava namorando. Pa-pum, contei. Meu velho achou normal e só me disse pra ter juízo. Beleza, fui contar toda alegre e satisfeita pro meu palhaço. Sabe o que ele disse?
Que nós éramos e nunca passaríamos de ser apenas bons amigos. Pera lá! BONS AMIGOS??? Como assim? Eu já tinha quase todo nosso futuro programado e ele me dizia que queria ser apenas meu amigo? Pirei geral.
No final das contas, descobri que o palhaço ficava com outra guria, era apaixonado por ela (e é isso que o classifica como palhaço).
Na época, eu até fiz o “ABC da vadia”, dedicado especialmente à meninazinha lá que ele ficava.
Hoje, eu vejo, realmente como eu era boba e infantil, mas isso já serve de lição para nós, mulheres. Não importa a idade, não importa onde, nem como, SEMPRE tem um palhaço querendo entrar no nosso picadeiro e fazer a festa.
beijos e queijos (e aguardem, logo, logo, mais Memórias Póstumas dos Meus Palhaços)
*Sempre mantendo a discrição e não revelando a identidade de nossas fontes de riso.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Hunf, querem uma nova? Olha que presentão de carnaval eu ganhei: um pc formatado sem direito a back up, ou seja, perdi tudo que eu tinha no outro pc... Tá bom ou quer mais?
Por isso o sumiço. Tá, tá, tá. Eu sei que vocês sentiram a minha falta durante o feriado, mas não chorem mais, tia Nanda já voltou, e dessa vez é pra ficar! hahaha...
Bom, cá estava eu, bobeando na internet, quando a Bi me mostra um blog ma-ga-vi-lho-so, geeente! Sério, um dos mais interessantes e engraçados que eu já vi (e li), e sabe? Me fez refletir sobre as estórias dos palhaços da minha vida (não são tantos assim, calma. Pelo menos dá pra dar umas boas risadas), mas que como são muito grandes (eu digo as estórias), ficam pra outro post, eu prometo!
E depois de refletir sobre os bozolinos do meu pobre coraçãozinho, percebo que o coração das mulheres é um circo, onde os palhaços são os homens e o picadeiro é a buceta!
É. A verdade é dura (como tantas outras coisas), mas tem que ser dita. Trust me, nem dói tanto assim.
E sim, o meu coração é que nem circo, sempre tem lugar pra mais um palhaço!
beijos e queijos
Enquanto isso, no msn:
Bia- com o ricardinho diz:
ciumes ativarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
Ananda (telefone com ele :}) diz:
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHAH
Ananda (telefone com ele :}) diz:
MAS ELE NEM TÁ LIGANDO PRA MIM
Ananda (telefone com ele :}) diz:
iushauhsoiahsiuahuoisa
Ananda (telefone com ele :}) diz:
nem falou
Ananda (telefone com ele :}) diz:
nem nada
Ananda (telefone com ele :}) diz:
hahahahahahahahaha
Bia- com o ricardinho diz:
calmaaa
Bia- com o ricardinho diz:
faz tua parte
Bia- com o ricardinho diz:
deixa ele se roer por la
Ananda (telefone com ele :}) diz:
se ele tá se roendo né
Bia- com o ricardinho diz:
deve ta sim
Bia- com o ricardinho diz:
homem n gosta de perder territorio
Bia- com o ricardinho diz:
Palhaço Ball* ja me disse isso
Ananda (telefone com ele :}) diz:
agora se ele vier
Ananda (telefone com ele :}) diz:
falar
Ananda (telefone com ele :}) diz:
EU NÃO VOU RESPONDER
*Temos que manter a discrição e ocultar o nome dos nossos queridos que nos arrancam risadas, né?
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Só de sacanagem...
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro,
do meu dinheiro, que reservo duramente para educar os meninos mais pobres
que eu, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro
viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu
pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os precederam: “Não roubarás”, “Devolva o lápis do coleguinha”, "Esse apontador não é seu, minha filhinha”.
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha ouvido falar e sobre a
qual minha pobre lógica ainda insiste:
esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido,
então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!
Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba”
e eu vou dizer:
Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez.
Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos,
vamos pagar limpo a quem a gente deve
e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto,
desde o primeiro homem que veio de Portugal”.
Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!
Sei que não dá para mudar o começo
mas, se a gente quiser,
vai dar para mudar o final!
(Elisa Lucinda)
-
É. Nós devemos parar de nos lamuriar pela corrupção, criticar tudo e todos com um belo discurso, amarrando os demônios da desonestidade, e só de sacanagem, botar a mão na massa, não é verdade?
Analise o erro e não erre mais
Infelizmente a maioria das pessoas nem sequer admite quando erra, ou então não aprendeu a técnica na faculdade. Mas o verdadeiro idiota não é aquele que comete erros, e sim aquele que não aprender com os erros cometidos. Portanto, gaste sempre um tempinho analisando os seus erros de uma forma estruturada. [...]"
(Fragmentos do texto de Stephen Kanitz, Revista Veja, pág. 20, edição 2045 - ano 41 - nº 4. 30 de janeiro de 2008)
-
ÊÊÊÊ carnaval bom esse meu, enfurnada em casa, com meus livros (de física, química, matemática e biologia) e a chuva! Oh, que companhias legaaaais, viu?
Ai, como eu queria estar na Bahia e cantar "Ai ai ai ai ai, tô solteiro em salvador, CADÊ O MEU AMOOOOO-ÔR?". Ia ser o biiiiiiiiicho, isso é fato!
Hunf, mas sempre tem ano que vem, ok.
beijos e queijos
ps.: e bom carnaval, garanto que ainda vou falar muito aqui nesse feriado, hehehe ;]
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Eu não daria pro Chico Buarque

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
A M I Z A D E
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
"A gente não faz amigos, reconhece-os."
(Vinícius de Morais)
-
Nada mais justo que VOCÊS, meus amigos, ilustrarem esse - belíssimo - texto.
Acho que é completamente auto-explicativo, né?
Gosto de cada um de um jeitinho diferente; cada um tem uma história diferente; uma personalidade diferente, mas quer saber? É isso que eu mais gosto em vocês, são todos únicos! Aprecio cada qualidade e aprendo cada dia que passa a lidar com um defeito.
Porque amizade é isso.
beijos e queijos
ps.: me desculpem se esqueci alguém, é que a amiga aqui tem uma PÉSSIMA memória!
QUÍMICA, pra que te quero?
-ALCANO: c-c
-ALCENO: c=c
-ALCINO: c-c=c-c=c-c ou c\\\c ( \\\ ~> tripla ligação)
2. Alcóol tem a presença da hidroxila (OH) na cadeia.
3. Fenol é o anel ligado à uma hidroxila (OH);
4. Ácido Carboxílico além de ter o C ligado à uma hidroxila (OH), vem também uma =O;
5. Éter é o oxigênio entre carbonos;
6. Éster é o C ligado à um O, mais uma =O;
7. Amina é um composto com NH2;
8. Amida é um composto com NH2, mais uma =O;
9. Haleto é um composto que tem qualquer substância como ramificação.
_
Quem se importa com eles, sério? Droga, eu tenho TANTO que virar uma gênia da química!
Dá até vontade de chorar quando eu olho tudo que eu tenho que aprender...
Ô derrota, que eu tenho aula 15h! Totally alone no cursinho, por que ninguém vai fazer UFRA, sério? Eu acho que eu sou a única pessoa que ainda tá em aula (e NÃO teve férias). Que loooooooser eu sou!

MPB, ops... PMB!

É bem verdade que a música brasileira vem caindo no vulgar, isso, todos nós, brasileiros, estamos percebendo.
A deteriorização da música não é de hoje, ela está mais pra um ciclo vicioso, onde a cultura levou o creu da idiotice e vulgaridade.
O pior de tudo é: essas poluições sonoras fazem sucesso! Ok, eu conheço essa lenga-lenga de "gosto não pode ser discutido", e vá lá, eu até concordo, mas sou mais adepta à filosofia do "gosto é que nem cu, cada um tem o seu", como existem cus arrombados, existem gostos que deixam passar de tudo, e também existem os cus seletivos né? Só passam algumas coisitchas básicas. Tá, eu sei que foi uma comparação meio heavy metal, mas tudo bem gente, é só pra dar uma animadinha!
Tirando o cu do centro das atenções e voltando pra música (que é o que importa), eu proponho uma coisa!
Que tal nós darmos o adultério nessa Pobre Música Brasileira, com a inteligência? E sim, também podemos fazer o bagulho ficar sério com a cultura.
Bundalelê para a aculturação musical!
-
Nandicas:
#2. Não tente se mostrar super intelectual tentando cantar as músicas da Elis e cia se você só sabe o refrão (mal e porcamente), além de ficar cantando as partes atrasadas depois do que você escuta, você vai parecer os jogadores de futebol em dia de jogo da seleção, que não sabem cantar o nosso lindo, maravilhoso e parnasiano, Hino Nacional. Passar um papelão desse você não quer, né? Pior que isso, você pode soltar um "mas é você que é mau-passado e que não vê", e você não quer chamar seu amigo do lado de bife, não é mesmo? Olha, eu detesto ser malvada, mas a verdade dói, meus queridos, se vocês mal entendem as letras dos Mc's da vida, tampouco entenderão titio Chico. E pior do que ser rampeirão, é ser rampeirão metido a intelectual (é bizarro, trust me).
Solucionador de Problemas
Mas enfim, se essa jeringonça não resolver, pelo menos me dá umas boas risadas!
Ia ser tão fácil se a gente pudesse resolver assim, né? Olha, eu não quero ser estraga-prazer, mas... NÃO PODE! Então benzinho... SE FODE!
-
Nandicas:
#1. Nunca, mas nunca mesmo, sob hipótese alguma, jogue um absorvente na privada e dê a descarga. Principalmente se você estiver na casa de alguma amiga, o encanamento pode ser velho e voilá... privada entupida. Com o que? É. Isso mesmo, com o SEU absorvente, tchutchuca! Além do mais, o pai de sua amiga, pode acusar injustamente a irmã dela, de fazer cocô e entupir a privada (relembrando que não é a primeira vez que ela faz isso), e pra desconforto geral, ele pode finalmente chamar o encanador, e você não vai querer estar lá na hora que ele desentupir e o perseguido sair lá, todo grandão, encharcado de água, não é mesmo? Então, aqui vai a dica, lugar de absorvente é no lixo. Tá?
Eu? Passar por isso? IMAGINA!
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
A primeira impressão é a que fica [?]
Claro que a primeira impressão conta bastante, mas só pra pessoas que vimos uma vez na vida e outra na morte, eu acredito que muitas vezes temos uma primeira impressão precipitada, e acabamos por não nos deixar conhecer o outro, mas okay, eu tô fugindo do assunto.
O ponto em questão é: eu queria muito - muito mesmo - fazer um post bem legal, sabe? Daqueles textos emocionantes, cheios de críticas políticas, fundos temáticos, contextualização nota 10, mas, aqui vai a verdade: eu não sei escrever coisas assim. É muito raro (mesmo) eu escrever alguma coisa que preste, mas não fiquem tristes, como eu disse no começo, as primeiras impressões podem ser mudadas, não é mesmo?
Então, esse é o meu caso.
Quem sabe daqui a algum tempo eu não seja conhecida como a garota filosófica, cheia de cultura e opinião sobre tudo, né? Não custa nada sonhar!
beijos e queijos

